Graça e notícias cá de casa

A Graça entrou para a escola há duas semanas.

Estive indecisa: pensei e voltei a pensar. O meu impulso imediato, quando soubemos que íamos ficar sem a pessoa que estava com ela em casa, foi logo: bom, está na hora de ir para a escola.

Depois pesei tudo na balança:

Quero antes ficar com ela? (é a última filha...)
Vai ficar tantas vezes doente. Primeiro: sem pré-aviso e a transtornar trabalho e marcações que possa ter. Depois, para quê? Se passou um ano sem uma febre ou uma bronquiolite? (Já bastaram as três em recém nascida...) para quê expô-la a essa situação de novo?

O assunto era grande para mim. Outro lado ainda pesava mais, sermos deixados por nossa conta em cima da hora, quase sem pré-aviso, obrigar-nos-ia a escolher não a escola que gostávamos mas a possível.

Assumi, como sempre, que seria eu a abdicar de trabalhar. A falta de apoio aos fins de semana já me tinham obrigado a abrandar as marcações, mas agora tornava-se imperativo.
Contratar babysitters todos os fins de semana? Distribuir o mal pelas aldeias e pedir SOS constante à família? Não me parece.

Há dias escrevia nos 'stories do instagram que ser fotógrafa de famílias é um trabalho incrível. É mesmo! Mas que muito dificilmente será rentável apenas fotografando quem pode durante a semana. é uma minoria minúscula.

Desde há dois anos que esse assunto me traz sempre muita ansiedade. Não apenas a típica questão de "com quem os deixo" mas também, porque é que não posso ter fins de semana em família? Para onde vai o meu tempo em família? (Não vale dizer que sou uma privilegiada por ter disponibilidade para os meus filhos durante a semana - porque é só disso que se trata, estar cá para eles- mas todas sabemos que as horas de final do dia não são um tempo de qualidade, é um tempo importante, mas com banhos e trabalhos de casa à mistura)

Para onde vai o meu tempo?

First things first: a primeira é que sou uma mãe mais tranquila e feliz se tiver tempo livre para mim (seja para trabalhar, seja para ir ao ginásio, seja para não fazer nada). Por isso encontrei uma escola perto de casa que faz um meio tempo muito simpático para  Graça (até às 15h). E não me venham com as teorias de que ela é um bebé e que até aos 3 anos não precisam de escola. Não me venham dizer que não sou boa mãe ou sou egoísta por poder tê-la em casa comigo, mas preferir tê-la na escola.

A segunda, é que a fotografia vai passar para segundo plano. Como já enviei para alguns dos clientes em newsletter, vamos lançar uma, no máximo duas datas por mês para mini sessões. Sessões durante a semana de manhã são sempre bem vindas! Os finais de dia, sim, é essencial eu estar em casa.

A terceira, é que pintar faz-me imensamente feliz, e vai ser a segunda/ terceira coisa mais importante do meu dia, a par do ginásio. Em breve notícias para exposição :)

A quarta e que tentarei dar mais notícias por aqui, mostrar-vos sítios bonitos, programas para os miúdos e sessões especiais. Notícias da minha recuperação da abdominoplastia, e os habituais desabafos de uma mãe de 4. O que gostavam de ler mais por aqui?

[a nossa tarde é engraçada...as 15 estou a apanhar a Graça, temos duas horas só para nós, às 17 os rapazes e às 17:30 a Leonor- saio para a recolha as 14:45 e só regresso às 18h00....!!]







1 comentário:

  1. Se a Catarina está feliz e os seus filhos também, é tudo o que interessa!

    bjs

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